Por Cilene Freitas
Te vi impávido
robusto
rijo com tuas palavras
a multidão acalorada
não te conhecia...
Ímpeto palpitar do coração
piro-ETAs
chama ardente.
“todos os homens são irmãos”
na minha Re- Evolução
só teoria.
Disse o bardo mais afamado – isso aqui e só treinamento,
passivo aqui não serve
tem que se fazer escutar.
esse grito (meu), só protótipo de revolucionário.
Praticar
A “Práxis”
nada! Chalaça!
No fervor que se seguia. Calmaria.
"No céu de estrelas
sob olhar do luar
te conhecia"
foste química
me via matemática
oh! tão exata
me fiz bardo, tua aprendiz
te observara de longe
tímida esperança
de tê-lo
maldita química!
Hidrólise!
Matemática
tão exata!
Gélido.
Pronto.
Desisto.
Odeio química!
quarta-feira, 31 de julho de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
SONETO PRA TI XINGU
Por Allan Moura
XINGU É MINHA MÃE E MINHA TIA
É MEU IRMÃO E MEU SOBRINHO
É MEU AMIGO E O MEU VIZINHO
XINGU É PURA SIMPATIA
XINGU POR TI EU ME ORGULHO
XINGU EM TI EU MERGULHO
A FORÇA NAS TUAS CORRENTEZAS
É O MENINO VADIO DA NATUREZA
XINGU É CRIANÇA DESCALÇA COM OS PÉS NA TERRA
XINGU É MOÇA ASSANHADA QUE DA VOLTAS
A MULHER CIUMENTA DURA NA QUEDA
XINGU É ALTO BRAVO, É MÉDIO DURO, É UM BAIXO AMÁVEL
XINGU DO MEU PASSADO, O MEU PRESENTE, DE UM FUTURO TRÁGICO
XINGU É CARA HONRADO, UM HOMEM DURO, MAS DE PEITO FRÁGIL.
XINGU É MINHA MÃE E MINHA TIA
É MEU IRMÃO E MEU SOBRINHO
É MEU AMIGO E O MEU VIZINHO
XINGU É PURA SIMPATIA
XINGU POR TI EU ME ORGULHO
XINGU EM TI EU MERGULHO
A FORÇA NAS TUAS CORRENTEZAS
É O MENINO VADIO DA NATUREZA
XINGU É CRIANÇA DESCALÇA COM OS PÉS NA TERRA
XINGU É MOÇA ASSANHADA QUE DA VOLTAS
A MULHER CIUMENTA DURA NA QUEDA
XINGU É ALTO BRAVO, É MÉDIO DURO, É UM BAIXO AMÁVEL
XINGU DO MEU PASSADO, O MEU PRESENTE, DE UM FUTURO TRÁGICO
XINGU É CARA HONRADO, UM HOMEM DURO, MAS DE PEITO FRÁGIL.
sábado, 27 de julho de 2013
Amigos
Nas dificuldades conhecemos nossos amigos,
Que trocam sorrisos por lagrimas,
Que em meio
A não poder fazer nada,
Fazem muito,
Simplesmente por estarem ao nosso lado.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Véus
Por Cilene Freitas
Toda
pele
Vestimenta
Todo
rosto
Máscara.
E
quando se aprende a Mentir:
Mente-se.
Sepultara-se
a criança
A
violência da maioridade
Se
esquece do que se foi
Um dia
Vivendo
em função, de outro,
Perde-se
em meio a luta,
Sem
lutar! De olhos fechados, encoberto por véus ilusórios
Acordar
e difícil, mais um cochilo
Cinco
minutos.
Efervescente.
Dá
Cabeça a Coração.
E no
fim: o que se faz por amor?
quarta-feira, 24 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
Dia de Morte
Por Diih Cage
Morri quando não esqueci daquela bendita expressão.
Morri e caí em pé!
Morri sem esquecer, morri e nem deixei uma carta de suicídio que é tão clichê. Morri vivendo...
Morri quando o meu sussurro de vida já não respondia meu chamado.
então morri! esperando um dia voltar a viver.
Morri quando não esqueci daquela bendita expressão.
Morri e caí em pé!
Morri sem esquecer, morri e nem deixei uma carta de suicídio que é tão clichê. Morri vivendo...
Morri quando o meu sussurro de vida já não respondia meu chamado.
então morri! esperando um dia voltar a viver.
Memorável Existência
Por Diih Cage
Prazo de validade. Mas ele que já tinha seu fim previsto
muito foi falado, e pouco acreditado. Então o receio de identidade perdida passou a consumir.
O receio de lembranças esquecidas
sua morte sentenciada, sem julgamento fora condenado! Condenado pelo sorriso da "mãe gentil", que ri feito hiena! Eis que o sorriso do filho prodigo desapareceu, mas sua mensagem permanece! Vivo ele estará, em minhas lembranças ninguém irá o condenar!
Prazo de validade. Mas ele que já tinha seu fim previsto
muito foi falado, e pouco acreditado. Então o receio de identidade perdida passou a consumir.
O receio de lembranças esquecidas
sua morte sentenciada, sem julgamento fora condenado! Condenado pelo sorriso da "mãe gentil", que ri feito hiena! Eis que o sorriso do filho prodigo desapareceu, mas sua mensagem permanece! Vivo ele estará, em minhas lembranças ninguém irá o condenar!
Fim de tarde
Por Moisés Costa Ribeiro
Olho o sol que finda o dia
E a noite que me abraça sonolenta
Olho a água do rio que corre sem liberdade
Represada pela sanha do capital...
O horizonte já é obscuro
A consciência emudece sob a lentidão da noite
E os passos são interrompidos diante do muro que atravessa o caminho
E aprisiona os sonhos e a liberdade
Daqueles que não entendem o porquê
Da violência do capital e do império que aprisiona o rio e a mata
Esteriliza vidas
Rouba a memória de tempos passados
De outro tempo
Onde o rio e a mata eram livres
Onde a ganância ainda não havia assentado seu trono de arrogância
E homens e mulheres
Olhavam o fim de tarde
Numa comunhão de saberes
Onde a liberdade estendia seu manto
Num abraço de sonhos e utopia.
sábado, 20 de julho de 2013
CINCO SEGUNDOS
Por Allan Moura
ERA SEIS E MEIA DE UMA MARAVILHOSA TARDE
HAVIA POUCAS PESSOAS
TUDO PARECIA CALMO, CALMO DEMAIS
SENTI UMA TRANQUILIDADE TÃO ESTRANHA
ENTÃO VIREI-ME, FOI QUANDO A VI
EU DEI DE CARA COM A COISA MAIS BELA
QUE ATÉ HOJE MEUS OLHA JÁ VIRAM
FIQUEI ADMIRADO COM SUA BELEZA
MAS ALGUMA COISA NELA OU ELA PRÓPRIA
ERA-ME FAMILIAR
NUNCA A VI, MAS A CONHECIA
SEUS CABELOS NEGROS PARECIAM SEDAS
SEUS OLHOS VERDES PARECIAM PEDRAS
SEU CORPO PARECIA TER SIDO ESCULPIDO POR DEUSES
QUE EM UM MOMENTO DE INSPIRAÇÃO SUBLIME
FIZERAM A MAIS BELA IMAGEM DO MUNDO
POR CINCO SEGUNDOS O MUNDO CALOU-SE
EM UM SILÊNCIO ESPANTOSO
ATÉ SER INTERROMPIDO POR UM ASSOMBROSO SOM VINDO DO ALTO
UM RAIO INCRIVELMENTE FORTE CRUZOU O CÉU
E TIROU-ME A ATENÇÃO
QUANDO VIREI-ME, PARA MEU DESCONSOLO
ELA HAVIA DESAPARECIDO NO MEIO DA MULTIDÃO
AS PESSOAS QUE PARECIAM POUCAS
MULTIPLICARAM-SE
O QUE PARECIA CALMO
TORNOU-SE DESESPERADOR
E O CREPÚSCULO QUE PARECIA LINDO
TRANSFORMOU-SE EM UMA NOITE FRIA E SOMBRIA
E UMA TEMPESTADE ENTÃO SE FORMOU
EM CINCO SEGUNDO CONHECI E PERDI O MEU AMOR
SE EU CONHECI A FELICIDADE EU NÃO SEI
MAS POR CINCO SEGUNDOS EU FUI FELIZ!
ERA SEIS E MEIA DE UMA MARAVILHOSA TARDE
HAVIA POUCAS PESSOAS
TUDO PARECIA CALMO, CALMO DEMAIS
SENTI UMA TRANQUILIDADE TÃO ESTRANHA
ENTÃO VIREI-ME, FOI QUANDO A VI
EU DEI DE CARA COM A COISA MAIS BELA
QUE ATÉ HOJE MEUS OLHA JÁ VIRAM
FIQUEI ADMIRADO COM SUA BELEZA
MAS ALGUMA COISA NELA OU ELA PRÓPRIA
ERA-ME FAMILIAR
NUNCA A VI, MAS A CONHECIA
SEUS CABELOS NEGROS PARECIAM SEDAS
SEUS OLHOS VERDES PARECIAM PEDRAS
SEU CORPO PARECIA TER SIDO ESCULPIDO POR DEUSES
QUE EM UM MOMENTO DE INSPIRAÇÃO SUBLIME
FIZERAM A MAIS BELA IMAGEM DO MUNDO
POR CINCO SEGUNDOS O MUNDO CALOU-SE
EM UM SILÊNCIO ESPANTOSO
ATÉ SER INTERROMPIDO POR UM ASSOMBROSO SOM VINDO DO ALTO
UM RAIO INCRIVELMENTE FORTE CRUZOU O CÉU
E TIROU-ME A ATENÇÃO
QUANDO VIREI-ME, PARA MEU DESCONSOLO
ELA HAVIA DESAPARECIDO NO MEIO DA MULTIDÃO
AS PESSOAS QUE PARECIAM POUCAS
MULTIPLICARAM-SE
O QUE PARECIA CALMO
TORNOU-SE DESESPERADOR
E O CREPÚSCULO QUE PARECIA LINDO
TRANSFORMOU-SE EM UMA NOITE FRIA E SOMBRIA
E UMA TEMPESTADE ENTÃO SE FORMOU
EM CINCO SEGUNDO CONHECI E PERDI O MEU AMOR
SE EU CONHECI A FELICIDADE EU NÃO SEI
MAS POR CINCO SEGUNDOS EU FUI FELIZ!
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Sarau de Poesias Marginais: Na Quebrada Escorre Versos
Por Coletivo de Poesias Marginais do Xingu
Depois
do 1º Encontro de Poetas e Poetisas Marginais de Altamira, ocorrido no dia 05
de Julho- que apresentou o COLETIVO DE POETAS MARGINAIS DO XINGU- agora teremos
o Sarau de poesias marginais com o tema: NA QUEBRADA ESCORRE VERSOS!
O
Sarau acontecerá no Bairro Boa Esperança, rua 8, uma área considerada periférica
na cidade de Altamira. Nós do Coletivo de Poesias Marginais, vemos esse bairro
como mais um entre tantos abandonados por todos os poderes do nosso estado.
Por
isso pensamos que devemos levar as poesias, a arte de contestação social para
lá.
Assim
apresentamos nossas poesias, conhecemos as poesias dos moradores daquele
bairro, e aprendemos e avançamos na aprendizagem de nossa realidade.
Toda
a população está convidada a participar deste Sarau. Você que escreve, ou que
gosta de poesias, que toca violão ou qualquer outro instrumento musical, que
canta, junte-se a nós também.
O
evento será dia 09/08 (numa sexta-feira) às 19h 30min.
Contamos
com todos!!
Viva
a poesia!!!
A tal felicidade
Por Diih Cage
Um olhar alegre que mascara o vazio inquietante,
o beija flor voa dentre um campo de rosas
temendo a desventura que será se um espinho o tocar!
Mas ele voa rápido, não pode parar!
talvez busque a felicidade
que todo mundo pensa em encontrar.
Um olhar alegre que mascara o vazio inquietante,
o beija flor voa dentre um campo de rosas
temendo a desventura que será se um espinho o tocar!
Mas ele voa rápido, não pode parar!
talvez busque a felicidade
que todo mundo pensa em encontrar.
sábado, 13 de julho de 2013
Traga-me o Punhal
O peito fundido de dor
Sufocado de amor
Contaminado com
Leves pitadas de rancor.
Veneno sem antídoto
Ferimentos sem anti-dor
Cicatrizes como lembranças do que passou.
Cila,
Traga-me o punhal
Quem sabe um sangramento definitivo
Nesse peito vagabundo finda todo meu mal.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Porque estamos nas ruas?
Porque
estamos nas ruas?
Por
liberdade!
Por
sonhos!
Pela
vida!
Porque
estamos nas ruas?
Pra calar
o capital
Pra
silenciar a burguesia
E
amedrontar nossos inimigos.
Porque
estamos nas ruas?
Porque
somos centenas, milhares, milhões.
Porque
somos jovens,
Homens,
mulheres e crianças.
Sonhadores
e lutadores
No grande
mosaico da vida.
Porque
estamos nas ruas?
Porque o
que é justo vence
Porque o
medo já não nos pertence
Porque os
sonhos, adormecidos por tempos obscuros,
Afloram-se
em gritos, palavras e canções
De
companheirismo, amizade e lealdade.
Porque
estamos nas ruas?
Porque os
tempos mudaram
Porque
não queremos mais palácios
Nem
representações vazias
Porque
essa forma de fazer política ficou pequena, mesquinha, mercantil.
Porque
também somos àqueles que constroem a riqueza desta grande nação
E não
queremos mais apenas circo
Queremos
o pão do nosso suor e dos nossos sonhos.
Porque
estamos nas ruas?
Porque
queremos libertar nossas consciências
Das
amarras da ideologia burguesa, mercantil
Do poder
do estado, do capital e do império.
Porque
estamos nas ruas?
Porque
somos contra o patriarcalismo
A
homofobia e o racismo
Porque
não agüentamos mais
A
violência da policia e do Estado
Que mata
diariamente nossos jovens e crianças
Negros e
pobres.
Porque
estamos nas ruas?
Porque os
senhores engravatados
Que
sempre ignoraram o povo
Pagarão
por seus erros
Suas
consciências capitalistas não terão paz
E sua vã
filosofia burguesa
Esvai-se
como a poeira no vento.
E de hoje
em diante dizemos:
Basta!
Não
ficaremos mais quietos e nem silenciados
As ruas
serão nossos campos de batalha
Até que a
bandeira de todas as liberdades,
Liberta
do jugo do capital e do império,
Seja
nossa companheira de caminhada.
Porque os
inimigos do povo: a mídia burguesa, o agronegócio, o latifúndio, o
imperialismo, a velha política e seus lacaios.
Tremerão
de dor e de medo
E nós que
somos milhões
Seguimos
cantando
Embebidos
da mais linda canção de amor:
A
liberdade.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Bem Perto
Senti sua presença,
Invisível mas real,
Senti seu cheiro,
Distante mas aromático,
Senti que não iria te esquecer
Então resolvi te lembrar continuamente.
Se é impossível tê-la
O tanto quanto não te amar...
Sou vou lembrar,
Só quero sentir você perto de mim,
Bem perto.
Que meus pensamentos sempre possam te buscar,
Para que novamente
Eu sinta,
O doce sabor de te amar.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
1º ENCONTRO DE POETAS MARGINAIS DE ALTAMIRA – UM EXEMPLO A SER SEGUIDO
Por Walcyr Monteiro
Revestiu-se do mais completo êxito o 1º Encontro de Poetas
Marginais de Altamira, realizado na noite de 5 último p.p. , em plena Rua 1 ,
defronte à casa de Moisés Ribeiro. Contando com a participação de poetas já conhecidos como Vitoriano
Bill, um dos organizadores, e Marilene Nascimento, a surpresa ficou por conta
de várias pessoas que, dizendo ter poemas por muito tempo guardados nas
gavetas, tiveram no encontro a oportunidade tão esperada de poder apresentar-se
ao público. A adesão de vários setores da sociedade altamirense, reunindo de
professores universitários a pessoas simples da periferia, bem demonstra o
sucesso que foi o evento. Um de seus pontos altos foi quando a professora
Marilene Nascimento, da Academia Altamirense de Letras falou, levando o apoio
oficial da entidade que ali estava representando, o mesmo acontecendo quando o
italiano Aldo, entusiasmado e com bastante emoção, declarou ainda não haver
visto evento cultural semelhante, realizado na rua, e contando ainda com apoio
popular. Aldo afirmou de sua surpresa porque, inclusive na Itália, não havia
iguais manifestações culturais de rua.
Estive também presente, oferecendo meu apoio pessoal e incentivando a iniciativa, tanto mais digna de ser seguida porque não contou com nenhum apoio governamental. Li alguns poemas de minha autoria, produzidos quando estive preso à época da ditadura militar na década de sessenta.
A organização simples do encontro – que não teve formalidades – permitiu total desembaraço dos presentes. Feita uma apresentação inicial, dizendo de suas finalidades, a palavra ficou em aberto e cada um podia recitar ou simplesmente ler seus poemas, o que encorajou os mais tímidos a fazê-lo. Até mesmo crianças sentiram-se motivadas a lerem seus poemas!
Desta forma, Altamira tornou-se um exemplo a ser seguido pelos demais municípios do Pará e, espero eu, de toda a Amazônia. Possamos todos nós ver as regiões do Araguaia, do Tocantins, do Marajó, do próprio Xingu (onde fica Altamira), do Tapajós e Baixo Amazonas, da Bragantina e Salgado, do Gurupi, enfim, de todo o Pará realizando eventos semelhantes e permitindo que os valores culturais até então ocultos possam ser descobertos e revelados ao público. Nada de esperar por apoios governamentais; é ir para a luta e mostrar o real valor da cultura amazônica. Vamos, pois, seguir o exemplo dado pela juventude de Altamira!
Estive também presente, oferecendo meu apoio pessoal e incentivando a iniciativa, tanto mais digna de ser seguida porque não contou com nenhum apoio governamental. Li alguns poemas de minha autoria, produzidos quando estive preso à época da ditadura militar na década de sessenta.
A organização simples do encontro – que não teve formalidades – permitiu total desembaraço dos presentes. Feita uma apresentação inicial, dizendo de suas finalidades, a palavra ficou em aberto e cada um podia recitar ou simplesmente ler seus poemas, o que encorajou os mais tímidos a fazê-lo. Até mesmo crianças sentiram-se motivadas a lerem seus poemas!
Desta forma, Altamira tornou-se um exemplo a ser seguido pelos demais municípios do Pará e, espero eu, de toda a Amazônia. Possamos todos nós ver as regiões do Araguaia, do Tocantins, do Marajó, do próprio Xingu (onde fica Altamira), do Tapajós e Baixo Amazonas, da Bragantina e Salgado, do Gurupi, enfim, de todo o Pará realizando eventos semelhantes e permitindo que os valores culturais até então ocultos possam ser descobertos e revelados ao público. Nada de esperar por apoios governamentais; é ir para a luta e mostrar o real valor da cultura amazônica. Vamos, pois, seguir o exemplo dado pela juventude de Altamira!
domingo, 7 de julho de 2013
Poesia Marginal é Arte na Rua
Por Coletivo de Poetas Marginais de Altamira
Realizou-se na última sexta-feira
(05/07) o 1º Encontro de Poetas Marginais de Altamira. A iniciativa tinha como
objetivo reunir pessoas diversas para ouvir, declamar, ler, falar de poesia
marginal, popular, do povo e para o povo.
Grande Escritor Paraôrano Walcyr Monteiro |
Foi um momento de festa, ímpar em
Altamira porque se propôs a fazer algo diferente, fora do tradicional e romper
os muros dos espaços acadêmicos. Homens,
mulheres e crianças se sentiram à
vontade para ler, declamar e recitar as mais diversas poesias.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
O 1º Encontro de Poetas Marginais é Hoje!! Não Faltem
Os saraus tiveram que invadir os botecos
pois biblioteca não era lugar de poesias
bibliotecas tinha de ter silêncio
e uma gente que se acha assim muito sabida...(Cálice-Criolo)
É nesse tom que iremos nos encontrar hoje.
Vamos ocupar o espaço que temos, e fazer nosso sarau, nosso 1º Encontro de Poetas e Poetisas Marginais de Altamira...
pois biblioteca não era lugar de poesias
bibliotecas tinha de ter silêncio
e uma gente que se acha assim muito sabida...(Cálice-Criolo)
É nesse tom que iremos nos encontrar hoje.
Vamos ocupar o espaço que temos, e fazer nosso sarau, nosso 1º Encontro de Poetas e Poetisas Marginais de Altamira...
quinta-feira, 4 de julho de 2013
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Pra que serve a poesia?
Por Moisés Costa Ribeiro
Se
não pra me fazer pensar
Poesia
pra pensar,
Pra
viver,
Pra
questionar
Poesia
pra ser,
Pra
existir,
Pra
incomodar
Poesia
pra fugir e libertar
Poesia
pra cantar a liberdade
Pra
dizer a verdade nua e crua
Na
rua, nos viadutos,
Nas
praças e escolas
Nos
vãos de liberdade
Que
se libertam em cada esquina
Poesia
é pão nunca circo
Poesia
é armadilha que incomoda a burguesia
Poesia
é gatilho
De
Quintino a Lampião
Poesia
é prosa
Conversa
de bêbado
De
homem e mulher
Da
roça e da cidade
Pra
tudo isso serve a poesia
Pra
existir
Pra
viver e amar
Pra
ta aqui e acolá.
Ouro
Por Flávio de Paula
A
corrida do homem em busca do ouro parece não ter fim.
E nesse
caminho ganancioso ele vai deixando rastros que chegam a ser irreversíveis.
Na busca
do poder, valores importantes são deixados para trás,
O amor
se distancia cada vez mais,
Pois o
mesmo não pode existir no soberanismo.
A medida
que a evolução mecanizada chega,
Chega
também o desemprego,
Que traz
a miséria, a fome,
E consequentemente
a violência que nos tira a liberdade e nos faz escravos.
Nós que
somos apenas crianças indefesas com medo do que ainda possa vim a acontecer, E
além de tudo que faz o homem, ainda prega a mentira fazendo com que venhamos
crer.
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