segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Amor nas lutas sociais

Sei que a vida nos levará por caminhos diferentes
Mas sempre vou amá-lo pelo carinho, pela sua doação para com o próximo
Sem medir esforços para fazer e fazer bem feito
Sei que nos encontraremos nas lutas sociais pelo povo
Pois você me faz acreditar que vale a pena lutar sempre
E buscar novos horizontes além do que nossas pernas possam alcançar
Poderia encher um caderno com frases e palavras bonitas
Para dizer-te o quanto te admiro, te amo e desejo-te sempre o melhor
Para sua vida social e pessoal
Primeiro a vida de movimento social, pois sei que sempre virá em primeiro lugar
Que sempre será assim carregada de lutas histórias
Verdadeiras memórias nas lutas sociais com amor pelo povo e para o povo. 

domingo, 16 de agosto de 2015

A você que está chegando

Por Moisés Ribeiro

(Comp@s, 
acabei de compor uma poesia para o a Iris Eloá, filha da cumadi Cris. Tomara que gostem. Cris, minha querida, pra vcs duas.
Beijos.)

Em homenagem a Iris Eloá


Chegue com toda força
Com a alegria da vida
Com a beleza dos trópicos
Com a mais linda ternura dos inocentes
Chegue, chegue, chegue
Você é tão esperada
Tua chegada é recheada de esperança
Nossos olhos se enchem de cor ao saber que tu vens 
Trarás contigo uma nova fase
E encherás de brilho, amor e alegria 
Um momento difícil
Quando chegar nos avise com o mais belo choro da vida
Esperneie, grite, mostre sua personalidade e diga
Gente cheguei!!!
Quando chegar vais encontrar um mundo muito conturbado
Bem diferente do seu útero
Mas não se preocupe
Haverá colo e muitos braços pra te proteger 
E te encher de carinho
O amor será constante
A vida um aprendizado
E você será um ser muito amado
Chegue
Pode chegar
Aqui estamos esperando por você.
Um beijo querida Iris Eloá.

(Altamira, 15 de agosto de 2015)

sábado, 15 de agosto de 2015

DIGNIDADE JÁ!


De um sonho ceifado
Aqui vamos falar,
Com um olhar diferenciado
Acerca da cultura popular.

Na cidade de Altamira
Através de poesia e canção,
Discutem-se direitos humanos
Para toda a população.

Os povos tradicionais
Precisamos citar,
Numa perspectiva histórica
Por seus direitos estão a lutar.

Na Amazônia multicultural
Oprimida pela colonização,
Os povos em geral
Luta pela garantia da autodeterminação.

O território e a cultura
Não podemos deixar acabar,
Precisamos intervir para que a cidadania
E a dignidade possa enfim brotar.

Num Brasil miscigenado
Que não valoriza a tradição,
Dos povos milenares
Que habitam este chão.

Indígenas aldeados,
Negros nos quilombos a morar,
Ribeirinhos, campesinos e outros tantos, 
O direito precisa alcançar.

Pois o modelo de exploração
Outrora colonial
Apresenta-nos hoje uma opressão
Que destrói até o nosso ideal.

Nas ruas e nas praças
Vamos todos clamar
Para que através das culturas
Possa o povo enxergar.

Que o caminho da vitória
É a união
De todos os moradores
Que habitam este chão.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

A rua

Por Soll
A rua é mais rua
Quando falta sol
Na penumbra da madrugada
A rua é de ninguém
E nasce revolta
E se cria embriaguez
Na rua magica se faz
Do veneno que faz rir
Às cortinas de fumaça
E apesar dos pesares
Há de ter também a lua
Há pecado e é normal
Pois se não houvesse
O do bem e o do mal
Toda noite, de toda rua
Seria tediosamente igual.

sábado, 11 de julho de 2015

Sarau Caipira: Dois anos de Sarau Marginal

Por Paulo Jorge Ferreira
JULHO é um mês belíssimo. Tudo e qualquer coisa de bom sempre poderá ocorrer em Julho. Até mesmo um SARAU DE POESIA CAIPIRA, JUNINO. Olhem só: não foi um Sarau comum, no sentido que foi celebrado "fora" do tempo, POIS PARA O COLETIVO DOS POETAS MARGINAIS não existe "fora do tempo". Tudo é MARGINAL e por isso tudo passa a TER SENTIDO. O momento e a hora somos nós que os fazemos... Mas teve de tudo. O que é habito nos saraus do COLETIVO. Quadrilha de jovens do REASSENTAMENTO URBANO CITADINO (RUC) DO JATOBÁ. E mandaram muito bem. Declamação de poesia e um apelo à REVOLUÇÃO, entre alguns desacertos e tantos outros acertos, também, conclamado pelo Poeta marginal ALLAN MOURA BUKOWISKI. Um delicioso CASAMENTO NA ROÇA -- "Se não casa, malandro, eu capo!".
E o Jovem, temeroso corre pra Mãe (D. Clau): "Mamãe, querem me capar, se não casar". Resposta: "E tu, homem, 'beijou' ou não 'beijou'?! Se 'beijou' assuma, pois, a reponsabilidade!" -- Retorque o filho aperreado: "Mas, mamãe, foi a Chiquinha quem me 'beijou'!" KKK O Moisés tem uma expressividade facial que revela mais que um ator amador... Parabéns! faltou a presença do Marquison Lima com aquele seu olho cênico (e mágico) que logo o Moisés seria contratado pra participar do brilhante grupo. Sério!
Teve a encenação de CHICÓ & DORINHA (versão altamirense do Auto da Compadecida, de autoria de Vitoriano Bill. Dorinha, tão bem representada (por daniela) na sua força mágica e poderosamente convincente, de Mulher-menina e moça cantante, sedutora e poderosa. Pobre Chicó, que começa de joelhos e termina com a porta fechada em sua cara...
E não faltaram "comes e bebes" próprios da época (que são, afinal, de todas as épocas!): vatapá, salada de frutas e mingau ("mijo-de-burro", como cjamam no Maranhão). estava uma delícia!
Teve igualmente poéticas e emocionantes homenagens, aos/às resistentes Mortos (mas sempre presentes entre nós) e Vivos; momentos de reflexão e crítica social sistêmica! Bom. 

















quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sabe o que queremos?


Sabe o que queremos?
Foto: Paulo Jorge
Queremos escolas públicas de qualidade para o me e para o seu filho!
Sem ventilador quebrado, sem falta de merenda, com água o ano inteiro.
Queremos um salário digno para o professor do meu e do seu filho.
Nada de presídios superlotados.
Não adianta
Não adianta mesmo reduzir,
O problema não mora aí.
Imagina seu filho podendo comprar bebida alcoólica aos 16 anos!
Agora imagina as crianças pretas e pobres nascidas na favela
Você acha mesmo que se reduzir vai melhorar?
Redução não é a solução,
Nem nunca será!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Emicida em Boa Esperança

A nova música de Emicida está dando o que falar. Boa Esperança, é acima de tudo verdadeira, e mais que isso é uma afronta direta ao sistema no qual vivemos. Já o videoclipe mostra a bomba fabricada todos os dias pela opressão social.
Emicida mostra em seu rap tudo que ainda vivemos e a banalidade das violações de direitos humanos não nos permite enxergar, tão pouco contestar.
Por mais que você corra irmão
Pra sua guerra vão nem se lixar
Esse é o xis da questão
Já viu eles chorar pela cor do orixá?
E os camburão o que são?
Negreiros a retraficar
Favela ainda é senzala jão
Bomba relógio prestes a estourar

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Poetas Marginais Fazem Campanha de Arrecadação de Latinhas de Alumínio Para Publicar Livro

Por Coletivo de Poetas Marginais

O Coletivo de Poetas Marginais está com um projeto de publicar uma Coletânea de Poesias Marginais, com o título NA QUEBRADA ESCORREM VERSOS. A obra já contará com poesias de 21 poetas de Altamira. Tod@s são filhos de trabalhadores ou são trabalhadores, que em seus diversos momentos da vida, mesmo na correria diária escrevem seus versos como forma de expressar as sensações desse mundo que os cercam.
Esses poetas e poetisas são os mesmos que constroem o Sarau de Poesias Marginais, que ocorre uma vez por mês nas Praças de Altamira. Quem já participou alguma vez de um dos saraus sabe da riqueza literária, e do debate que é travado nesses eventos. Lá é poesia, música pra pensar a sociedade que vivemos de uma maneira crítica.
Publicar um livro não é tarefa fácil, pois ainda é muito caro. Como alternativa criamos uma Campanha de Coleta de Latinha de Alumínio pra que possamos levantar recursos financeiros e tornar esse projeto uma realidade.
Por isso contamos com a participação de todos e todas para que se disponha a nos ajudar. Aquelas latinhas do final de semana que você mandava pro lixo, guarde numa sacola e nos chame que iremos buscar em sua residência. Os donos de restaurantes, lanchonetes e bares que quiserem também será muito bem vinda a participação de todos ne empreitada.
Os Titãs em uma de suas canções já diz “ a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...” Essa campanha de arrecadação de latinha é uma maneira, de nós, trabalhadores e trabalhadoras produzirmos e mostrarmos a nossa própria arte, nossa própria cultura, nosso valor.
Nossa meta é coletarmos 4.350 kg de latinha. Faça parte desse projeto. Quem ajudar com 10 kg ou mais ganhará um exemplar do livro quando for publicado.


domingo, 24 de maio de 2015

Sarau Marginal Abordará a Democratização da Mídia no Brasil

Por vitoriano Bill
O Coletivo de Poetas Marginais (CPM), no sarau desse mês de Maio traz como temática a importância da democratização da mídia no Brasil.
O assunto é abordado por sua importância pra toda a sociedade. O Código Brasileiro de telecomunicações- a principal Lei que regulamenta o funcionamento das emissoras de rádio e televisão no país- é arcaico, não atende a realidade do Brasil de hoje.
Alicerçado ainda na Ditadura Militar, o atual Código possibilitou o monopólio midiático, a negação da pluralidade nos meios de comunicação. Esse monopólio pelos tubarões da mídia ditou valores, padrões, de um grupo que não representa a diversidade do povo brasileiro. E nos últimos tempos tem servido pra criminalizar movimentos sociais, e todas as manifestações da classe trabalhadora.
Por isso, precisamos de uma nova lei. Uma nova lei para este novo tempo que vivemos. Um tempo de afirmação da pluralidade e da diversidade. De busca do maior número de versões e visões sobre os mesmos fatos (Pra Expressar aLiberdade)
Por isso o título do Sarau Marginal desse mês é: SOB A DITADURA DA MÍDIA ERGUEMOS NOSSA POESIA MARGINAL, pra cumprir a tarefa de propagandear a importância da democratização da mídia no Brasil. Pra isso, faremos da Poesia, Música e todas as formas de expressão artística, nosso grito por mudança...
O evento será na Praça da Independência (ao lado da UFPA), e terá início às 19h30. Toda população altamirense está convidada pra participar deste manifesto artístico-cultural.

domingo, 3 de maio de 2015

(Graças ao Rio)!

Escrevo
e as palavras envelhecem, como um bom tinto.
o liquido que nos une.

escrevo, se sinto escrevo.
se então mofadas, as palavras
úmidas
se esvaem
amolecem
e morrem
escrevo
do lodo
dos últimos respingos que restam
da carne podre
feito urubu
que busca
nos restos
saciar fome.

09-02-2015, 20:10hrs