Por Wangner Lopes
Altamira debaixo d'agua
Terça feira 18 de fevereiro
Chuva o dia inteiro
Caos, desespero
H2O,
meu Deus, tenha dó
Desse povo sofredor
A cidade em choque
com a forte chuva
Os desabrigados no Hotel!
Grita o jornal
Só que não!
E o povo do mutirão?
Da João Pinho e Violetas?
Chega de treta!
Bom Jesus parou
PMA em choque
Uma proposta indecente
pra dividir aquela gente
o povo coxeou entre dois pensamentos
clima quente
mas, o mutirão discordou
O capitão anunciou
Tira o teu carro dai senhor
30 minutos para a repressão
Irracional, desproporcional, sem razão
Escudos, bombas, spray, balas de borracha
Para apagar a luta dos subversivos
Duas multidões em meio a barricada
De um lado os oprimidos revoltados
Do outro o aparelho repressor
PMidia
A tropa de choque me chocô
O vento forte
Mais eletricidade trouxe
Explosões nos fios
Chocante e humilhante
Policia pra quem precisa de polícia
Os moveis perdidos
A cesta básica garantida
Hotel? Talvez
E as próximas chuvas?
Somos todos vitimas
Do belo monte de mentiras e ilusões
Abaixo a ditadura das barragens
Abaixo a ditadura da prefeitura
Quinta feira histórica
Explosões e retórica
de 5 ou 7 oportunistas, pensadores, cidadãos
Estou em estado de choque!
domingo, 2 de março de 2014
Pode ser
Por Wangner Lopes
10 horas era o combinado
Pode ser que esqueceram
Não! Estão atrasados
Por duas horas arquitetaram
Chá de cadeira
120 minutos de canseira
Mas não importa
Teve até torta
Antes da chegada da comitiva
Veio nossa secretaria executiva
O trio enfim surgiu
Pode ser que venha coisa boa
Pode ser que piore
Pode ser que 13% vire pecúnia
Pode ser que vire litígio
Pode ser que tenha concurso
Pode ser que tenha enquadramento
Pode ser que estudem mais
Pode ser rápido
Pode ser paulatino
Pode ser eterno
Pode ser nunca
Pode ser que Juvenil apareça
Pode ser que eu me esqueça
Pode ser que eu desista
Pode ser que resista
Pode ser que eu enlouqueça
Pode ser que a regência vá pro espaço
Pode ser que possam tudo
Pode ser que nos neguem o óbvio
Pode ser que nos tirem tudo
Pode ser que nos subestimem
Pode ser que atirem no pé
Pode ser que atiremos no nosso também
Pode ser que não nos levem a serio
Pode ser que tenham boas intenções
Pode ser de pedra seus corações
Pode ser que ignorância perdure
Pode ser que professores oprimam professores
Pode ser que o mundo gire
Pode ser que o secretario volte a fazer greve
Pode ser que cavem a própria cova
Pode ser que eu nunca tenha certeza
Pode ser que eu chore
Pode ser que adoeça
Pode ser que eu sorra
Pode ser que eu morra
Pode ser que nossa luta não tenha fim
Pode ser que gostemos de perder
Pode ser que adoremos sofrer
Pode ser que paralisemos
Pode ser que nos acostumemos
Pode ser que nos persigam
Pode ser que acordemos
Pode ser que a lei seja injusta
Pode ser que o procurador procure ser bonzinho
Pode ser que ele seja cruel
Pode ser que orem por nós
Pode ser que o certo seja errado
Pode ser que o certo seja certo e o errado também
Pode ser que a figueira não floresça
Pode ser que nem a erva cresça
Pode ser tanta coisa
Pode ser nada
Certeza temos...
Que a luta é justa.
Que haverá vitórias.
Que unanimidade é utopia.
Que juntos somos mais fortes.
Que só o oprimido salva o oprimido.
Que devemos seguir lutando.
10 horas era o combinado
Pode ser que esqueceram
Não! Estão atrasados
Por duas horas arquitetaram
Chá de cadeira
120 minutos de canseira
Mas não importa
Teve até torta
Antes da chegada da comitiva
Veio nossa secretaria executiva
O trio enfim surgiu
Pode ser que venha coisa boa
Pode ser que piore
Pode ser que 13% vire pecúnia
Pode ser que vire litígio
Pode ser que tenha concurso
Pode ser que tenha enquadramento
Pode ser que estudem mais
Pode ser rápido
Pode ser paulatino
Pode ser eterno
Pode ser nunca
Pode ser que Juvenil apareça
Pode ser que eu me esqueça
Pode ser que eu desista
Pode ser que resista
Pode ser que eu enlouqueça
Pode ser que a regência vá pro espaço
Pode ser que possam tudo
Pode ser que nos neguem o óbvio
Pode ser que nos tirem tudo
Pode ser que nos subestimem
Pode ser que atirem no pé
Pode ser que atiremos no nosso também
Pode ser que não nos levem a serio
Pode ser que tenham boas intenções
Pode ser de pedra seus corações
Pode ser que ignorância perdure
Pode ser que professores oprimam professores
Pode ser que o mundo gire
Pode ser que o secretario volte a fazer greve
Pode ser que cavem a própria cova
Pode ser que eu nunca tenha certeza
Pode ser que eu chore
Pode ser que adoeça
Pode ser que eu sorra
Pode ser que eu morra
Pode ser que nossa luta não tenha fim
Pode ser que gostemos de perder
Pode ser que adoremos sofrer
Pode ser que paralisemos
Pode ser que nos acostumemos
Pode ser que nos persigam
Pode ser que acordemos
Pode ser que a lei seja injusta
Pode ser que o procurador procure ser bonzinho
Pode ser que ele seja cruel
Pode ser que orem por nós
Pode ser que o certo seja errado
Pode ser que o certo seja certo e o errado também
Pode ser que a figueira não floresça
Pode ser que nem a erva cresça
Pode ser tanta coisa
Pode ser nada
Certeza temos...
Que a luta é justa.
Que haverá vitórias.
Que unanimidade é utopia.
Que juntos somos mais fortes.
Que só o oprimido salva o oprimido.
Que devemos seguir lutando.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Sarau de Poesias Marginais é Alternativa Cultura em Altamira
A
noite de sábado (22/02) foi regada a muita poesia a música.
Que
foi na Praça da Paz presenciou o palco da arte em Altamira, ao ar livre e
gratuito. Feito pelo próprio povo.
Era
o 5º Sarau de Poesias Marginais. Que na edição desse mês homenageava uma grande
lutadora do povo, Irmã Dorothy, pois em Fevereiro completa 9 anos de seu
martírio.
Paulo Jorge, falando sobre Irmã Dorothy |
Na
abertura o Poeta Marginal Vitoriano Bill declamou a letra de uma das mais belas
canções de Chico Buarque e Gilberto Gil, Cálice. Que foi sucedida por Pra Dizer
Que Não Falei Das Flores, de Geraldo Vandré, interpretada de forma belíssima pela
Banda Sarcasmo Social.
Agildo Menezes |
As
boas vindas dadas pelo também Poeta Marginal Flavio de Paula, foi apenas um
sinal para que a magia tomasse a pequena Praça da Paz. Daí entre poesias e músicas
algumas pessoas traziam seus relatos sobre a vida de Irmã Dorothy.
Neste
sarau, uma das grandes surpresas foi o número de músicos querendo se
apresentar. Que o evento se consolidou como um espaço livre pra novos autores
mostrarem sua arte, isso já é fato. Mas agora se apresenta com oportunidade de
músicos se apresentarem ao público.
John Gaia |
As
apresentações musicais foram o grupo Repente do Norte (Magno, Eliezer, Mariano,
Lourival e Lucas) trazendo os repentes sobre Irmã Dorothy, reciclagem e outras
de artistas já consagrados. A menina agradou tanto que o público pediu bis.
Logo
depois veio a surpresa da noite, John Gaia, cantando uma música autoral,
intitulada AS ÁGUAS DO MEU XINGU. A canção além de ser muito bela, a voz do
cantor encantou geral.
Depois
Wanderley Santos se apresentou, presenteando à noite com reggae de dá gosto, de
encher o coração.
Lucivam Gonçalves |
E
claro, entre um bloco e outro de poesias, a Banda Sarcasmo Social agitava
geral, com o melhor do rock nacional, mas numa roupagem com a cara da banda, e
com composições próprias dignas de elogio de qualquer admirador da boa música.
Ainda
tivemos a participação toda especial de Pe. Loivo, que nos presenteou com duas
grandes canções, dentre elas, Liberdade.
Grupo Repente do Norte |
Mas
e as poesias? Essas vieram das mais diversas formas. Apresentadas em duplas,
lidas em celulares, de improviso. Mas, todas lindas, como o Funeral de Um
Lavrador apresentado por Agildo Menezes.
Outras
apresentações destaques também foram a de Lucivam Gonçalves, Zé Roberto
(ZehRob), Fernando, Karen Sabrinna e Jéssica Portugal.
Wanderley Santos |
O
5º Sarau de Poesias Marginais foi uma celebração à vida. E a vida se celebra
alimentando a esperança num mundo melhor.
Banda Sarcasmo Social |
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Sou Marginal
Por Moisés Ribeiro
Sou marginal assim como são meus versos e meus sonhos
Sou marginal assim como são os negros, os jovens e as mulheres
Sou marginal assim como são os pobres, os presidiários e os homossexuais
Sou marginal assim como são as ruas e as favelas
Assim como são os casebres à beira dos igarapés
Sou marginal assim como são os sonhos de liberdade
E a utopia de cada sonhador
Sou marginal assim como são as revoluções que ousaram derrubar o sistema
Assim como Cuba que se agigantou diante da águia do norte
E varreu de seu território o inimigo ianque
Sou marginal assim como os heróis de ontem e de hoje
Assim como Che, Fidel, Raul e tantos outros
Assim como Mandela, Madiba e Marighela
Assim como Margarida, Chico e Olga
Sou marginal assim como as praças
Gravidas de sonhos e esperança.
Sou marginal assim como são meus versos e meus sonhos
Sou marginal assim como são os negros, os jovens e as mulheres
Sou marginal assim como são os pobres, os presidiários e os homossexuais
Sou marginal assim como são as ruas e as favelas
Assim como são os casebres à beira dos igarapés
Sou marginal assim como são os sonhos de liberdade
E a utopia de cada sonhador
Sou marginal assim como são as revoluções que ousaram derrubar o sistema
Assim como Cuba que se agigantou diante da águia do norte
E varreu de seu território o inimigo ianque
Sou marginal assim como os heróis de ontem e de hoje
Assim como Che, Fidel, Raul e tantos outros
Assim como Mandela, Madiba e Marighela
Assim como Margarida, Chico e Olga
Sou marginal assim como as praças
Gravidas de sonhos e esperança.
5º Sarau de Poesias Marginais: Irmã Dorothy, vive!
O Coletivo de Poetas Marginais, no
seu sarau do mês de Fevereiro irá homenagear uma lutadora do povo: IRMÃ
DOROTHY.
No dia 12 de fevereiro completou 9
anos de seu martírio. E para o Coletivo, Dorothy continua viva na luta de cada
homem e cada mulher que se opõem as opressões desse sistema assassino. Por isso
o 5º Sarau de Poesias Marginais será uma celebração à vida.
Pra quem ainda não participou do
nosso evento, o sarau é um espaço aonde o microfone é aberto a quem quiser ler,
declamar uma poesia ou um outro gênero qualquer. Se quiserem cantar todos tem
muita liberdade pra mostrarem sua arte. Ou simplesmente contemplar o evento e
prosear com os amigos.
Pra além disso, é certeza de várias
poesias que podem ser abraços redentores à pedradas na consciência.
E ainda um som de alto nível com a
Banda Sarcasmo Social.
O sarau será no próximo sábado (22)
às 19h30 na Praça da Paz (ao lado da New Rock).
Venham e participem dessa cena cultural
altamirense!!!
sábado, 25 de janeiro de 2014
Praça da Paz foi Palco do 4º Sarau de Poesias Marginais
Na sexta-feira (22)
a Praça da Paz (Altamira/PA) foi palco de uma belíssima homenagem aos 55 anos
da Revolução Cubana. O Coletivo de Poetas Marginais realizou seu 4º Sarau
intitulado Cuba: A Ilha Que Nos Inspira!
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Na abertura, Moisés
Ribeiro, fez um resgate do que foi a revolução cubana e do que ela representa
nesse contexto atual, como símbolo de resistência e solidariedade aos povos
oprimidos de todo o mundo.
Banda Sarcasmo Social |
Na sequência vieram
leituras e declamações de poesias em homenagem à Cuba e ao Comandante Che
Guevara.
O Público que no
sarau de poesias marginais também é protagonista do evento leu poemas de
Ferreira Gullart, Cecília Meireles, Carlos Drummond, Antonio Claret, Chico
Pedrosa, Paulo Leminsk, Bertold Brecht, e outros grandes nomes da literatura
nacional e internacional, além dos poetas marginais locais.
Também tivemos
neste sarau como grande atração a banda Sarcasmo Social, com Jorranis Pantoja
no vocal e baixo, Vitor Biró na guitarra base, Higor Souza na guitarra solo e
Elcio Gomes na bateria, agitaram o público com músicas extremamente
questionadoras ao modelo de sociedade que vivemos. A Banda Sarcasmos Social
como que numa mística completavam as poesias declamadas. Mostraram também que
além de interpretarem clássicos do rock nacional com uma imensa qualidade, suas
músicas autorais são consistentes nas letras e na melodia.
Aos poucos os
saraus de poesias marginais vai entrando na agenda mensal dos moradores
altamirenses, sobre tudo da juventude, professores e lideranças comunitárias, o
que mostra que esse evento é muito rico pela qualidade artístico-cultural, e
pela capacidade de juntar a classe trabalhadora para uma atividade que estimula
o pensamento crítico.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
4º Sarau de Poesias marginais: Cuba A Ilha que nos Inspira!
Nesse
mês de Janeiro, foi comemorado os 55 anos de Revolução Cubana. A ilha caribenha
que mesmo com todos os embargos econômicos impostos pelos Estados unidos, vem no
decorrer desse tempo mostrando que o longo e intenso processo de profundas
modificações internas perduradas até hoje valeram a pena.
Para
os lutadores e lutadoras populares, o exemplo de Cuba é uma inspiração que nos
põe a lutar por uma sociedade justa e fraterna.
Cuba
apresenta excelentes índices na saúde e educação, fator capz de qualser inveja
a qualquer país desenvolvido. Segundo a New England Journal
of Medicine, uma das importantes revistas médicas do mundo, o sistema de
saúde cubano parece irreal. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é
gratuito. Apesar de dispor de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu
problemas que o dos EUA não conseguiu resolver ainda (Revista Fórum).
Quanto a educação, 100% das crianças e adolescentes
frequentam a escola. Não há no país nem mesmo meninos de rua. Os órfãos, filhos
de pessoas com deficiências mentais ou de pessoas presas, vivem em instituições
que lhes garantem alimentação, assistência médica e educação, incluindo os
estudos superiores. A lei cubana obriga os pais a enviarem seus filhos à
escola. Se for considerado que este direito da criança foi violado, a pena para
eles pode ser até mesmo a perda da guarda do menor e outras medidas judiciais.
O Sarau
Dados essas informações, é inconteste que a revolução cubana
é uma vitória inspiradora pra todos nós.
Nesse sentido, o 4º Sarau de Poesias Marginais, o primeiro de
2014, terá como tema CUBA: A ILHA QUE NOS INSPIRA! Pra que possamos entre
versos e músicas conhecer um pouco desse país.
Como sempre não teremos nenhuma formalidade, o microfone
ficará aberto pra quem quiser declamar, ler alguma poesia, cantar ou
simplesmente compartilhar um sentimento. Apesar do tema, fica livre pra ser
lido textos com qualquer temática.
Pra dá mais qualidade ao evento contaremos com a participação
mais que especial da banda Sarcasmo Social. A banda altamirense, que tem
agradado por onde tem passado, com músicas que vai de clássicos do rock
brasileiro e músicas autorais eles questionam esse modelo de sociedade que
vivemos.
No objetivo de ocupar os espaços públicos, desta vez
estaremos na Praça da paz, que fica na Av. Djalma Dutra. O horário de início é
ás 19h30 do dia 24/01 (sexta-feira).
Tod@s estão convidados a fazer parte de evento artístico-cultural
altamirense.
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