Por Allan Moura
NÃO FALE ASSIM DESESPERADA
DE SOLIDÃO MEU CORAÇÃO NÃO SUPORTA
POR ARREPENDIMENTO NO MEU PEITO DOR NÃO CABE
PENSO EM VOCÊ QUE HÁ MUITO NÃO VEJO
ME VEJO OLHANDO DE LONGE SUA PORTA
NO MEU QUARTO MULHERES AO MEU LADO
NA MINHA CAMA, ESPELHO DE PERDIÇÃO
MINHA PERDIÇÃO, MEU PECADO
MINHA SOLIDÃO, SOMENTE MINHA
ESPERO DE RESPOSTAS DE PEGUNTAS QUE EU NÃO FIZ
MEU POBRE CORAÇÃO DE APRENDIZ
POR QUANTO TEMPO VOU TE ESPERAR?
MAS ESPERAR EU AINDA NÃO APRENDI
AGORA SÓ A MINHA DOR, SOMENTE MINHA
ESSAS COISAS SÓ OS INFELIZES COMPREENDEM
COISAS QUE EU COMPREENDO MUITO BEM
EU ESTOU SÓ NESSA LUTA
ESTOU SÓ E MAL ACOMPANHADO
ESTOU SÓ DESESPERADO
ESTOU SÓ E MUITO CANSADO
ESTOU SÓ E AO MEU LADO
PESSOAS SOLITÁRIAS COMO EU.
Altamira-PA, 10 de Fevereiro de 2006, às 22:20.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
O Xingu Que Deságua em Nós!
João Victor |
O
Coletivo de Poetas Marginais do Xingu realizou nesta última sexta-feira
(27/09), mais um sarau. Diferente dos anteriores- que ocorreram sempre num
bairro da periferia de Altamira- este aconteceu na Praça do Mattias, às margens
do Xingu.
Com
o tema O XINGU QUE DESÁGUA EM NÓS! O objetivo foi proporcionar um espaço
artístico-cultural a toda população, e a partir da arte debater as questões
sociais recorrente em nossa região.
Lucivan Gonçalves e Pablo odrigues |
Como
sempre a mística tomou conta do ambiente, deixando as pessoas a vontade pra
participar ativamente daquele momento. Adultos e crianças leram as poesias dos
livros ou do varal de textos disponibilizados a todos. Foram lidas poesias dos
Poetas Marginais Vitoriano Bill, Moisés Ribeiro, Flavio de Paula, Allan Moura, Antonio
Claret (Padre, escritor e militante do MAB), Rosangela Emerique e de autores
renomados como Fernando Pessoa, Oswald de Andrade, Walcyr Monteiro e tantos
outros.
As
canções ficaram cargo de Jeferson Braga,
que vem contribuindo sistematicamente com o coletivo. Ele tocou músicas como
Belém, Pará, Brasil (Mosaico de Ravena), à clássicos da MPB. Tivemos ainda a
participação de Bruna Teles, que também entoou canções à voz e violão. E João
Victor, com seu rap de protesto sobre o Brasil.
Teve
a uma performance de Lucivan Gonçalves e Pablo Rodrigues recitando o Manifesto
Antropófago de Oswald de Andrade, que simplesmente deixou os espectadores em
êxtase pelo ritmo dado ao texto.
A
cada sarau, os Marginais conseguem apresentar um evento melhor a quem
participa, sempre tendo como foco o cunho do protesto, de contribuir no debate
das questões sociais.
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